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| Foto: ERC/Direitos Reservados |
Bernardo Sousa ganhou uma prova que lhe tinha começado bastante mal na qualifying Stage e em que chegou a estar a cerca de 40s da liderança. O madeirense teve o grande mérito de nunca deitar a toalha ao chão e sobreviver ao grande número de acontecimentos que marcaram esta edição do SATA Rallye Açores. A luta com Kevin Abbring foi presenciada por todo o mundo dos ralis em direto no Eurosport com a Tronqueira a assumir o habitual papel de grande decisor da prova ao longo dos anos. Abbring falhou por 2 vezes nos últimos 2 kms da primeira passagem, tendo até sorte em continuar, sobretudo depois do toque de traseira na saída da ribeira no fim do troço. Na segunda passagem o holandês e o português deram tudo o que havia para dar, fizeram jogo muito idêntico e Bernardo que já estava na 1ª posição ganhou o troço por 1,1s e o rali por 6,2s.
Jean-Michel Raoux foi um 3º classificado surpresa depois de nos Graminhais o russo Valery Gryazin ter tido uma saída que não terminou com a sua prova mas que o fez perder quase 22 minutos e o lugar no pódio.
Robert Consani chegou à 4ª posição no último troço, fazendo uma recuperação acentuada depois de ter tido muitos problemas ao longo do rali. Muitos problemas teve também Luís Miguel Rego que no entanto conseguiu concretizar um fabuloso 5º lugar da geral e o triunfo na produção do ERC depois da vitória na prova do campeonato dos Açores e do pódio na prova do campeonato de Portugal.
Ricardo Teodósio foi 6º e teve hoje um dia muito bom a recuperar de problemas dos dias anteriores. O Algarvio ficou a 3,7s de Luís Miguel Rego mas conseguiu passar Rúben Rodrigues que também teve um dia muito difícil com problemas de pressão de turbo e de caixa de velocidades mas que fica com a satisfação de um muito bom 7º lugar à geral.
Antonin Tlustak antecedeu na geral mais um açoriano, Pedro Vale que até começou mal ao não se entender com os pneus de que dispunha mas que depois do patrocinador McDonalds lhe ter proporcionado pneus novos de outra marca passou a assinar registos dignos de um piloto da sua craveira e terminou dentro do top 10.
A encerrar o top 10 ficou o primeiro dos júniores, Stéphane Lefebvre. Se ninguém gosta de abrir a estrada num rali de terra, neste caso, esse facto apenas contribui para amplificar ainda mais e de forma bem mediática os dotes de condução deste piloto francês e, em geral, dos jovens lobos que fazem parte desta nova categoria do ERC. Costenaro foi 11º à frente de Henrique Moniz que já tinha vencido as 2 rodas regionais e que agora terminou o rali como o 2º da categoria depois de percorridos todos os troços do rali, apenas sendo batido pelo piloto oficial da Peugeot Academy, Stéphane Lefebvre.
Destaque também para João Faria e Carlos Medeiros que têm a vitória que é sempre chegar ao fim de uma prova tão difícil como o SATA.
Em Rali 2 regressaram Ricardo Moura e Kajetan Kajetanowicz, os afetados pela pedra do troço Batalha Golfe. Ricardo Moura ganhou as primeiras passagens pelos Graminhais e Tronqueira numa fase em que os primeiros lutavam abertamente pela primeira posição. Depois fez alterações no carro para tentar perceber cada vez mais o comportamento do Fiesta R5 e reduziu o andamento até porque as ilações de que precisava estavam tiradas. Na verdade, Moura tinha carro e andamento para discutir o triunfo. Fica tudo em aberto para a edição 50 do SATA Rallye Açores.
|Francisco Veloso|
